No final do século a invenção da fotografia deu lugar à invenção do cinema. Os irmãos Lumiére trouxeram consigo o documentário original, num olhar quase despoluído. Ao mesmo tempo surgiu George Méliès, prestidigitador, actor, cenógrafo, cineasta.
Para alguns teóricos salvou o cinema do beco documental. Neste artista, o cinema era a arte do extraordinário, criava ilusões, magias.
O cinema é a projecção de fantasmas numa tela - uma ilusão que aprendemos a alimentar.
"A reprodutibilidade técnica da obra de arte altera a relação das massas com a arte. Reaccionárias diante, por exemplo, um Picasso, transformam-se nas mais progressistas frente a um Chaplin."
Walter Benjamin, A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade Técnica.