Escrevo este manifesto para demonstrar que se podem realizar acções opostas, ao mesmo tempo, num único e fresco movimento. Sou contra a acção; e em relação à contradição conceptual, e à sua afirmação também, não sou contra nem a favor.


Pedro Marques @ 01:39

Dom, 25/11/12

Há um pássaro amarelo no meu olhar

Ele canta, mas não para mim

Vejo-o trinar

Mas não o ouço

Uma parede de vidro silencia-o.

 

Tenhos dois faróis no meu mundo

Iluminam-me, nas minhas trevas

Procuro a surpresa

Encontro a beleza

Num abraço eterno de vida e sol.

 

Ao meu lado um corpo de carne e ossos

Uma pessoa como eu

Tão perto tão longe

De mim, quanto eu

Agora, neste poema.

 

A memória do futuro afunda-se-me no cérebro
Revejo o passado, ele queima-me a pele

Dói-me o corpo do momento

Aqui e agora é tudo o que eu sei,

Num abraço eterno de vida e sol.


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